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Relações interpessoais

O subtema das Relações interpessoais tem como objetivo geral compreender os processos fundamentais da relação com os outros. Para isso são abordados tópicos como: a cognição social, a influência social e os processos de relação entre indivíduos.

SÍNTESE DO CAPITULO

Dissonância cognitiva

(06/02/16)

Leon Festinger, psicólogo social, levou a cabo uma investigação a partir da qual elaborou a teoria da dissonância cognitiva para explicar que existe uma necessidade nos indivíduos de procurar uma coerência entre as suas cognições (conhecimento, opiniões ou crenças).

Dissonância cognitiva
Leon Festinger
Leon Festinger

A dissonância é um sentimento desagradável, que pode ocorrer quando uma pessoa sustenta duas atitudes que se opõem, quando estão presentes duas cognições que não se adequam ou duas componentes de atitude que se contradizem. Por exemplo, a pessoa que gosta de fumar e que sabe que o tabaco pode provocar cancro nos pulmões está perante uma dissonância cognitiva que pode provocar sentimentos de angústia, de contradição ou inconsistência.

 

Uma ilustração clássica de dissonância cognitiva é expressa na fábula "A Raposa e as Uvas" por Esopo (cerca de 620-564 aC). Na história, uma raposa vê algumas uvas e quer comê-las. Quando a raposa é incapaz de pensar numa maneira de alcançá-las, decide que não vale a pena comer, dando a justificação de que as uvas, provavelmente, não estão maduras ou que são azedas "Na verdade, olhando com mais atenção, percebo agora que as Uvas estão todas estragadas, e não maduras como eu imaginei a princípio...".

Basicamente a raposa sabe que as uvas são boas, no entanto para não sofrer com o facto de que não consegue alcançá-las, esta critica-as mudando assim a importância percebida de uma cognição.​

Fontes:

O efeito das minorias

(27/02/16)

Moscovici pretendia conhecer a influência da minoria que é geradora de inovação. Assim, orientou uma experiência com outros investigadores, na qual concluiu que uma minoria, para ser atuante, deve ser coerente e consistente nas respostas e nos comportamentos. Basta haver uma divisão entre os membros da minoria que deixa de exercer influência sobre a maioria. Este processo é também afetado pela forma como os alvos de influência interpretam o comportamento da minoria.

Serge Moscovici
O efeito das minorias
Serge Moscovici

Fala-se de inovação quando o processo de influência social é promovido por uma minoria que visa as mudanças das normas e regras sociais de um dado grupo. A minoria tenta alterar ou introduzir mudança no sistema dominante da maioria.​

O processo de influência da minoria e, por conseguinte, de inovação, ocorre quando há conflito, isto é, quando no interior de um grupo alguns membros discordam da opinião da maioria apresentando alternativas. Esta situação gera incerteza, angústia, tensão, porque a divergência ocorre no interior do nosso grupo. Há, assim, a procura de consenso. O mesmo não aconteceria se a divergência tivesse origem num grupo exterior ao nosso. Note-se que as divergências no interior de um grupo propiciam, oportunidades para a reflexão e a procura de novas respostas e sentidos.

A influência da minoria depende muito da consistência das suas posições, fundadas na firmeza da sua defesa e na convicção, segurança e autoconfiança de quem as defende. O comportamento manifestado pela minoria é também um fator de influência. Assim, para que a minoria possa ter efeito sobre a maioria, são necessárias algumas condições: as suas posições devem traduzir-se de forma clara, serem consistentes e firmemente sustentadas, apesar das pressões da maioria. Ao parecer confiante e segura das suas posições ao longo do tempo, a sua possibilidade de influência aumenta, porque a maioria passa a ter em conta as suas posições.​

Fontes:

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